Adriana Simão reforça o poder da música para transformar angústia em criatividade no livro “Tempestade de som e fúria”, best-seller da Amazon que agora ganha versão impressa
Quando Adriana Simão era adolescente, em meados da década de 1990, dedicava-se a montar playlists em fitas cassetes. Apesar de sempre ter sido apaixonada por música, entendeu o papel da arte na sua vida somente anos depois, ao utilizá-la como recurso terapêutico para o autoconhecimento. Quando escutava canções, transformava o próprio fluxo de consciência em poemas, que foram compilados em Tempestade de som e fúria.
O livro alcançou a marca de best-seller ao ser lançado em e-book de forma independente e agora é publicado por uma editora tradicional. Dividida em lados A e B, a obra reúne uma série de textos existenciais e reflexivos que abordam questões como as relações com o tempo, os diferentes sentidos para a vida, a importância da memória, as formas de viver em meio às contradições da realidade.
O trabalho poético foi inspirado nas melodias que Adriana Simão ouvia no momento da escrita. No início de cada texto, a autora não apenas detalha a data, o horário e o local em que o conteúdo foi concebido, mas também explicita as canções responsáveis por inspirar sua criatividade. A partir dos poemas, os leitores atravessam uma lista diversificada com Arcade Fire, Oasis, Phoebe Bridgers, Florence + The Machine, Fiona Apple, Beirut, Tribalistas e Adele. Para tornar a obra ainda mais interativa, há uma playlist on-line com todas as produções indicadas.
Enquanto o Lado A é composto por versos influenciados pelas músicas favoritas da escritora, o Lado B foi elaborado com a participação do público. Muitas pessoas buscavam a poeta para produzir textos com base em canções, e ela atendia a esses pedidos. Entre as dedicatórias, um nome se destaca: o de Aline Bei, autora dos títulos “O peso do pássaro morto” e “Pequena coreografia do adeus”, que quis um poema para “Volant”, de Sebastian Plano. Neste processo, Pato Fu, Nina Simone, Jimi Hendrix, Taylor Swift e Os Mutantes, entre outros, foram adicionados à miscelânea musical.
Além de ser um breve retorno ao mundo analógico da década de 1990, Tempestade de som e fúria mostra a importância de transformar as diferentes linguagens artísticas em processo terapêutico. Iniciados devido a uma sugestão da psicoterapeuta de Adriana Simão, os versos serviram como um momento catártico de autoconhecimento e se conectam com todos aqueles que, como a escritora, procuram a arte para entender os sentimentos e seu lugar no mundo.
FICHA TÉCNICA
Título: Tempestade de som e fúria
Autora: Adriana Simão
Editora: Letramento
ISBN: 978-6559323777
Páginas: 245
Preço: R$ 47,90 (físico)
Onde encontrar: Amazon | Letramento
Sobre a autora: Formada em Sistemas de Informação pela Universidade Mackenzie (SP), Adriana Simão trabalha com números, mas desde criança é apaixonada por palavras e música. Aprendeu a produzir playlists em fita cassete e, décadas depois, uniu este conhecimento ao fazer poético. Enquanto escutava canções, escrevia os poemas que foram publicados no seu livro de estreia Tempestade de som e fúria. Lançada primeiro como e-book, a obra alcançou a lista de mais vendidos na Amazon e se tornou um best-seller. Agora o título ganha versão física publicada pela editora Letramento.
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MARIA CLARA MENEZES |
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